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domingo, 13 de abril de 2014

ATLÉTICO 9X2 CRUZEIRO - FINAL DO CAMPEONATO MINEIRO DE 1927

Fábio Almeida

Hoje é dia de mais um clássico, de mais uma final entre os eternos rivais Atlético x Cruzeiro.

Abaixo uma histórica final de Campeonato Mineiro, datada no longinquo ano de 1927, onde o Atlético goleou de forma impiedosa o rival por humilhantes 9x2.

Cortesia da página DRAGÕES DA FAO no FACEBOOK.



FINAL: Atlético 9X2 Palestra (Cruzeiro)

A Final do campeonato mineiro de 1927 foi marcada pelo placar elástico e a afirmação de uma das maiores linhas de ataque que o Galo já possuiu, o TRIO MALDITO, JAIRO, SAID E MÁRIO DE CASTRO.

Os Estádios de Belo Horizonte só começaram a lotar quando o Atlético se tornou o time mais popular da cidade. Para o Palestra Itália(leia-se Cruzeiro) que surgiu em 1921, vencer o Galo era mais saboroso que ganhar do campeão amador da Liga, o América, e a goleada de que os italianos do Barro Preto aplicaram em 1923 rendeu quatro anos de gozações.


Na decisão do Campeonato de 1927, entretanto, os jogadores atleticanos decidiram mostrar aos italianos quem era melhor. Belo Horizonte ainda tinha 40.000 habitantes e mesmo assim aproximadamente 14.000 pessoas foram ao Estádio do Alameda(Estádio do América, onde hoje se localiza o Supermercado Extra no bairro de Santa Efigênia) para ver o grande tira-teima. De um lado, o time de Niginho; do outro, o time de Mário de Castro, Said Jairo e Brant.

A empolgação dos jogadores do Atlético era visível quando entraram em campo: elétricos, correndo pelo gramado. Com uma exceção: Mário de Castro, que como sempre, não mostrava grande empolgação. Isso porque certamente o artilheiro-boêmio atleticano passara a noite anterior em uma noitada, talvez na casa de Dona Olímpia, alí proximo na avenida Francisco Salles com Assis Chataubriant. Mas era justamente no artilheiro de ressaca que a torcida atleticana botava fé...



Palestra partiu logo para o ataque, queria decidir cedo a partida. Mas encontrou uma barreira: o Atlético se defendia com onze e atacava com dez. Os jogadores foram se multiplicado em campo e Jairo fez 1X0 aos 5 minutos. Said aumentou para 2X0 e Mário de Castro fez 3X0. O Palestra tentou reagir; fez um gol e terminou o primeiro tempo na ilusão de que iria virar o resultado.

A torcida do Galo já se acostumara a ver o centroavante Mário de Castro jogar seu verdadeiro futebol de artilheiro no segundo tempo. Era sempre assim: no primeiro tempo, ele andava em campo, depois, no segundo tempo ganhava ânimo incontrolável. Muita gente diz que na realidade Mário de Castro, um boêmio conhecido da Rua da Bahia e dos Bordeis da Guaicurus entrava em campo sempre de ressaca, no intervalo chamava o "juca" no vestiário e ia para o campo com os ânimos renovados.

Naquela decisão, Mário de Castro estava em um de seus dias infernais e ninguém conseguia marca-lo, e foi então, que Said e Jairo dominaram o meio-campo e começaram a lançar as bolas para a área, que Mário de Castro ia mandando paras as redes.




A torcida atleticana começou a rir, o Palestra desmoronou, e sua torcida foi embora(isso mesmo, os italianos se mandaram) e a goleada foi inevitável. Aos 35 minutos o marcador já mostrava Atlético 7X2, dos quais Mário fizera cinco. Mas ele não parou. Aos 40 marcou seu sexto gol e, aos 41, Hugo completou o placar.

Isso mesmo! Atlético 9X2 Palestra(Cruzeiro).

Nas fotos:

(1)Time que aplicou a goleada histórica frente ao Palestra Itália. 
(2)Said, marca o segundo de uma goleada histórica. 
(3) O TRIO MALDITO, JAIRO, SAID E MÁRIO DE CASTRO. Fontes e . 
Fotos :Enciclopédia do Atlético,Ziller, A.; 
Grandes Clubes do Futebol Brasileiro(Abril Editores)

domingo, 30 de março de 2014

ATLÉTICO 1X1 AMÉRICA - AGORA, A GRANDE FINAL

Por Fábio Almeida

Valeu mais pela observação de alguns jogadores, como Alex Silva, Claudinei, Leandro Donizete, sendo que este está retornando aos poucos, e o promissor Marión, além, é claro, de Carlos, Eduardo e André, que entraram no decorrer da partida, visto que o técnico Paulo Autuori decidiu pelo time misto.

Público razoável de quase 13 mil pessoas, para um jogo que valia a classificação para a grande final, que fora praticamente decidida na semana passada...Apesar de tudo, muita festa da torcida atleticana.




Nos primeiros segundos de jogo parecia que o Atlético partiria para o abafa, mas o gol irregular do América logo aos 3 minutos mudou o panorama do jogo, que tornou-se bastante disputado e até certo ponto violento, com muitas faltas. O Atlético era melhor, mas esbarrava na vontade dos jogadores do Coelho. Destaco as atuações do Otamendi, bastante seguro e do Marión, que realmente tem tudo para se tornar um ótimo jogador, pois é habilidoso, rápido e tem boa visão de jogo.



A maioria das jogadas do América tinham como objetivo as "costas" do lateral improvisado Dátolo, que é um bom jogador, mas que para lateral-esquerdo, simplesmente não dá mais. Edcarlos não comprometeu e Alex Silva também foi um boa surpresa, o garoto tem futuro.


Guilherme buscou o jogo o tempo todo, Jô lutou muito e o Neto Berola foi o Neto Berola de sempre...Correria, passes errados, jogadas bisonhas, lampejos de craque e golaço logo no início do segundo tempo.

No intervalo, a torcida atleticana saudou o jornalista Lélio Gustavo, entoando aquela famosa canção: "Lélio, Vai tomar no c...", ao mesmo tempo que uma faixa defendia os jogadores do Atlético em relação aos absurdos ditos pelo animador de auditório da Itatiaia.


Início do segundo tempo, e logo aos 3 minutos, o próprio Neto Berola empatou, e olha que o jogador fora chamado de tudo quanto é nome no final do primeiro tempo...Pois é, o velho e bom Neto Berola...

Após o gol, novas manifestações de carinho da torcida ao jornalista Lélio Gustavo, que hoje deve dormir com a orelha queimando.

Tribaguenses em ação no Independência

A partir do gol, o Galo pressionou, dominou a partida, e com a expulsão de dois jogadores do América, a fatura estava praticamente liquidada, com direito a gols perdidos por Marión, Jô e Guilherme, este a todo momento procurando jogo, fazendo lançamentos e chutando ao gol.  

Os últimos 15 minutos foram de muitos toques e poucas emoções, com o Galo administrando a partida e o Coelho se defendendo.

Na minha opinião, o técnico Paulo Autuori deveria testar a formação com Ronaldinho, Guilherme, Jô e Tardelli, deixando o Fernandinho no banco. O time ganharia no toque de bola e nas tabelas na entrada da área. 



Resumo da ópera: Jogo apenas razoável,  com destaque para Otamendi, Marión e Guilherme, classificação garantida e... que venha o Santa Fé na quinta-feira e o Cruzeiro no próximo domingo. AQUI É GALO PORRA!!