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terça-feira, 18 de setembro de 2012

BRASIL 2 X 3 ITÁLIA - COPA 1982 - O FIM DO SONHO


Enfim, ou infelizmente, chegamos ao último post sobre a seleção brasileira de futebol na Copa de 1982, a dolorosa derrota para a Itália de Paolo Rossi e Companhia. Confesso que foi uma das poucas vezes que fiquei realmente triste em relação ao futebol. Aquele time encantava, os jogadores realmente representavam o Brasil, ao contrário de hoje, onde Hulks e tantos outros jogadores medíocres não retratam o amor que temos pelo futebol e pela seleção brasileira. Abaixo um pequeno resumo dos posts já publicados: 

Para saber mais sobre a Copa de 1982, clique aqui;

Para a estréia do Brasil contra a União Soviética (2x1) clique aqui; 

Para Brasil 4 x 1 Escócia, clique aqui;

Para Brasil 4 x 0 Nova Zelândia, clique aqui

Para Brasil 3 x 1 Argentina, clique aqui


Com a Argentina sem chances no triangular da segunda fase, a passagem para a Semi-Final seria decidida entre Brasil e Itália. O time treinado por Enzo Bearzot passou da primeira fase na conta do chá. Empatou em 0 X 0 com a Polônia e 1 x 1 com Peru e Camarões. Ainda assim, ficou com o segundo lugar no grupo.

Mas, logo aos 5 minutos,  fica claro que o futebol a cada dia escreve uma página diferente na história. Bruno Conti drilha pela direita e vira o jogo para Cabrini. O lateral cruza com precisão na cabeça de Paolo Rossi. 7 minutos depois, o Brasil empata. Mesmo tendo o zagueiro Gentille como sombra, Zico se desvencilha da marcação e dá um passe em profundidade para Sócrates tocar entre Zoff e a trave.

" Fomos ver o jogo da Itália contra a Argentina, e ficou claro que o Gentille ia marcar o Zico, porque ele tinha marcado o Maradona. Fomos fazer um lanche. À mesa, Telê, Sócrates, Zico e eu. E eu disse pro Galinho: " A marcação deve ser em cima de você. Toda bola que eu pegar, você sai um metro para o lado que eu vou te dar. Você tem duas opções: ou devolve e sai para receber ou faz a jogada", diz Falcão. 



Aos 25 minutos, novamente Paolo Rossi dá as cartas. Aproveita uma saída de bola errada de Cerezo e põe a Itália em vantagem no 1 Tempo. O Brasil chega novamente ao empate, com um chute de pé esquerdo da entrada da área de Falcão. " Começa com o Júnior, que vem da esquerda, fecha, joga para mim. Eu domino e tem 3 ou 4 italianos na minha frente, aí pensei: " Não vai acontecer nada aqui, vou devolver para alguém". Vejo o Cerezo passar por trás, o que era a principal característica daquele time. Quando eu virei para o Cerezo, toda a defesa saiu da minha frente. Joguei para dentro e bati de canhota. Um chute redentor que teve origem na infância.

"Quando eu tinha 4, 5, 6 anos eu treinava muito chutar de pé esquerdo. Então, ali, não tive dificuldade. O Zoff foi atrasado para a bola"

Em 5 minutos, a alegria vira agonia novamente. Num escanteio, a bola sobra para Paolo Rossi, que manda para as redes. O Brasil vai para cima. O último suspiro é uma cabeçada de Oscar, aos 43 minutos, defendida por Zoff. "Quando eu ia para a área, sempre dizia para o Cerezo: Vem comigo". Ele dava um tranco no zagueiro para eu subir mais tranquilo. O Éder ia bater uma falta pelo lado esquerdo, eu falei "vamos". Nem precisou, a bola veio na minha cabeça, testei para o chão e, quando vi, o cara foi lá e pegou, no reflexo, nem deu rebote. Até tentamos induzir o juiz, mas a bola parou na risca mesmo", diz Oscar.

Mais do que o fim do jogo, o som do apito do israelense Abraham Klein sentencia o fim do sonho do tetra. No vestiário, havia mais perplexidade que tristeza. "Era um misto de choro com não acreditar no que tinha acontecido", diz Falcão.

Abaixo os gols do épico jogo:



- CRÉDITOS -

Revista PLACAR

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